sexta-feira, 2 de julho de 2010

LOVE!



Post para Vlad Pereira Twitcam

domingo, 27 de setembro de 2009


















Está chegando o tempo


Mãe, me acolhe em seus braços
Tira de mim essa dor
Acalma meu pranto
Me tira dessa cruz

Me põe em seu colo
Cura meus ferimentos
Me enrole em seu manto branco
Cuida do seu filho

Mãe, me acolhe em seus braços
Quando eu chegar ao paraíso
Me tira desse lugar
Me tira dessa loucura
Me põe em algum lugar onde serei valorizado

Mãe, olha pra mim
Olha oque eu sei fazer mãe.
Não consigo muito bem,
Mas logo,logo vou fazer certo

Olha mãe, quase tive meu filho
Ele seria como eu
Seria lindo, seria calmo
Seria inteligente
Seria completo
Porque não era meu
Era...nosso.

Mas mãe, ela o largou no chão
E correu de nós.
Estou no frio
Estou abraçado em um cadáver
Ele é pequeno e pálido.
Talvez seja o frio...

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Zigurate







O primeiro show em 1997 eclodiu do desejo incontrolável em ouvir, sentir e curtir ao vivo, as muitas pérolas clássicas do cenário músical alternativo e underground curitibano.
Os shows aconteciam nos porões alucinados, bares enlouquecidos ou no botéco do “véio” Lino's. Paulo Leminski e Marcos Prado tomaram muita birita por lá. Neste ponto de encontro onde se encontravam muitas culturas, nasceu a Zigurate tocando David Bowie, The Cure, Sex Pistols, Siouxsie and the Banshees, Pixies, The Clash, Stray Cats, Dead Kennedys, Cranberries, Joy Division ... A Zigurate bebeu do néctar de todas essas vertentes e saiu polinizando com sua originalidade e personalidade já na primeira demo (fita k-7) com 5 músicas, e também nas 13 coletâneas que participa
Em tempo: zigurates são formas de edificação geralmente usadas como altar para adoração de deuses que vinham do céu. As pirâmides escalonadas da civilização suméria e a Torre de Babel são alguns exemplos.
Uma zigurate na antiguidade não parava de crescer, cada novo faraó manda erguer mais um degrau para que seu reinado fosse o maior e também para chegar mais próximo dos Deuses do Céu.

“Tocamos em qualquer lugar, não ficamos selecionando público” diz Banks, sobre a disposição da banda de subir em qualquer palco, sem se limitar a guetos musicais. A essência do “underground”, segundo o guitarrista, é a falta de preconceitos. Segundo ele, o público do Zigurate é o mais diverso possível. “Atingimos os góticos, os punks, os indies e até mesmo aqueles que não pertencem a qualquer tribo”.

Com a febre dark que anda tomando conta das paradas musicais, o Zigurate tem boas chances de se consolidar no cenário nacional. Nomes como Korn. e até mesmo Blink 182 andam flertando seriamente com os temas góticos e obscuros. Fora todo o revival anos 80 que anda contaminando a programação radiofônica do país.

Graças ao zine paulista De Profundis, o quarteto já tocou em Brasília e São Paulo, por razão do lançamento de uma coletânea da publicação que continha algumas músicas do Zigurate.

Após dois anos de muitos sons, para festejarem o aniversário com um big show convidaram vários músicos de bandas locais para tocarem junto e, como foi uma noite inesquecível repetiram a dose no aniversário de 07 anos, mas desta vez tocando cover das 15 principais bandas curitibanas, algumas extintas ainda nos anos 80.

No período de 2001 a 2003, o Zigurate esteve praticamente fora dos palcos curitibanos. Foram dois anos com todos os esforços voltados para a gravação do álbum de estréia. Fábio Banks diz que o ritmo lento das gravações se deu pela falta de verba – que a banda ia conseguindo aos poucos – e também pela pesquisa de sons e efeitos que os músicos fizeram para que o resultado final saísse com a verdadeira “cara” da banda. O Zigurate, durante esse período, iniciou projeto de covers chamado Peek-a-Boo – tudo para garantir mais fundos para a gravação do CD. É a mesma formação da banda, porém com um repertório focado em bandas dos anos 80 e 90. O Peek-a-Boo (nome extraído de uma canção de Siouxsie & The Banshees) tocava toda segunda-feira no bar curitibano Sucatão.

Segundo o guitarrista da banda, o álbum é eclético, uma compilação dos sete anos da banda, com músicas que vão desde o começo da carreira até hoje. O som do Zigurate tem pesadas influências de bandas anos 80: guitarras sobrepostas e carregadas de efeitos, pedais chorus e flanger, linhas de baixo poderosas que também abusam de efeitos, teclados mórbidos e vocais etéreos. Há quem diga que o som da banda é gótico ou neogótico

Nesta mesma noite de 2004 lançaram o CD “Zigurate” e o clipe de “Como Será”, que expressa a temática deste disco, que é como o ser humano sente-se em relação a si próprio, seus temores, suas dúvidas, suas esperanças e que ao menos 1 segundo por dia se indague sobre suas atitudes perante a vida e o planeta.

Desde então vem abrindo os shows de algumas das principais bandas nacionais dos anos 80 entre elas, Plebe Rude, Zero, Uns & Outros, Violeta de Outono e também das atuais Autoramas, Bidê ou Balde, Daniel Beleza & Os Corações em Fúria, entre outros.

Banks começa o papo sério. “O mais legal de todo este tempo foi que a banda trabalhou sem interferência. Não tivemos que apressar nada, não houve qualquer compromisso com o tempo”, relata o guitarrista. “E ainda gravamos a mais para selecionar o que ficar melhor”. Patricia reforça a opinião: “Foi perfeito para a gente ter ficado um ano sem fazer show. Quisemos ter mais opção no trabalho, mais certezas dentro das novas músicas.”


Após um ano e meio de gravações, o Zigurate tem cada vez mais certeza do que quer com relação às sonoridades. A banda nunca negou suas influências do pós-punk “Não adianta fugir à nossa veia. É isso o que a gente sempre ouviu”, justifica Bauducko. Então, é melhor para se preparar para ouvir neste disco muitos efeitos como flanger e chorus (inclusive no baixo de Gaia, que usa e abusa das dissonâncias), camadas sobrepostas de guitarras, teclados densos ao fundo e timbres graves.

“Este nome deixa no ar mais de um sentido”, explica Banks. Pode ser o despertar da banda, por ser o primeiro lançamento. Na capa, haverá referências cosmológicas e os versos, por sua vez, tratam de algo mais humano”. A letra, escrita pela vocalista, é minúscula: “Em momentos perdidos lindos sonhos querem atenção/ Atordoado está um corpo e uma mente sem saber que tudo era invenção/ Daí revejo o passado que aos poucos foi apagado/ Quero acordá-lo e reviver como era esperado”.

O primeiro clipe (“Como Será”, uma bela produção cheia de sombras, contraste entre o preto e cores berrantes, velas e estátuas angelicais de cemitério) já está na programação da MTV, o que aumentou muito a procura pela banda e o contato pelo site. E lhes rendeu convite da emissora para apresentação ao vivo e entrevistas nos programas Banda Antes (atual Bandas Novas) e Daniela Cicareli no País da MTV.

A banda foi tocar em Brasília e resolveu dar uma parada de um dia em São Paulo, onde divulgou o álbum por várias lojas. “Temos de meter a mão na massa, seja na divulgação ou panfletagem. Não adianta gravar um disco e esperar que alguém descubra a gente”, diz Banks.

O grande hit da banda, “Como Será?”, vem um pouco diferente da versão incluída na coletânea Não Estacione, lançada em 1999. “Mudou a execução. Está mais vigorosa, mais para cima”, atesta Bauducko. A música – que ainda pode ganhar um violoncelo no novo arranjo – foi a responsável pela grande projeção do grupo naquela época, tendo seguidas execuções radiofônicas. Segundo Gaia, que compôs a letra em cinco minutos e bem antes da criação de melodia e harmonia, o ponto forte são as muitas rimas “não propositais”, além do duplo sentido de seus versos. “Fala sobre a natureza e o que pode vir com estrago feito nela pelos homens. Só que também para interpretar como se fosse uma auto-destruição humana”, explica.Em 2008 a banda deu uma guinada de 180º no som, preenchendo um vazio que há tempos estava ali e ninguém percebia. Eduardo, o novo integrante e tecladista, foi convidado pelo guitarrista Fabio Banks, para fazer o novo clipe do Zigurate, com os seus personagens góticos, que combinariam com a temática da musica e novo CD. O novato, de 17 anos, compunha musicas ao maior estilo Melancólico e ambiente, com teclados, órgãos, e muito efeito, e conhecia a banda apenas por Internet. Vendo o trabalho, e as musicas de Eduardo, Fabio Banks o chamou para tocar com o Peek a Boo, e assim acabou entrando de vez para a família obscura de Curitiba.

Foi no Bar Porão Rock Club, que ele fez sua estréia, e o set list, conta o tecladista e guitarrista base, esta pendurado em seu quarto em um quadro com o rascunho, que foi colado ao teclado.
‘’Eu tinha uma semana para tirar umas 15 musicas, para então escolherem qual ia ficar melhor para por no show. Ou seja, eu estudava, chegava em casa correndo e ia ensaiar, foi muito trabalhoso , mas valeu a pena’’

O show contou com apresentações e musicas de muito peso, a levada de Cosmos ganhou um teclado psicodélico, a entrada de Como Será foi no piano e foram tocadas varias covers, que até em tão estavam sem teclado, como: Cities in Dust, Love Will Tears Apart, e a segunda guitarra de Boys Dont Cry, hino da banda The Cure.
Arrumado tudo, foi a vez da festa Bio Dementia na 92º, junto com as bandas Encarnation, SP, e Lady SC.

Segundo a banda, que está muito contente com esta inclusão, a banda inicia nova fase encontrando a sonoridade ideal. E realmente foi o que percebi no grande show que a banda fez. Eduardo encorpou mais o som da banda, deixando as viagens do guitarrista Fábio Banks mais soltas, tanto nas partes onde faz as bases de guitarra como nas partes onde o teclado entra em ação. Já a cozinha de Fábio Gaia e Cristian é certeira e precisa.

A banda abre com a bela "Como Será" seguida de velhas canções como "Despertar" e "Cosmos". A banda recheou o seu set list com canções de seu mais recente álbum tocando "Refúgio", "Obsessão", "Inverso aos Versos" e "Tempos Atuais". De covers mandaram The Cure (Killing an Arab), Joy Division (Love Will Tears a Apart), Siouxsie and the Banshees (Cities in Dust) e Bauhaus (Bella Lugosi is Dead).

Atualmente, a banda está em fase terminal de gravação do segundo CD: Movimento, ‘’muito mais ouvivel’’ como diz Banks.
Varias surpresas e mudanças, sem perder a personalidade nesse grande banda que conquistou Curitiba e um pouquinho de cada canto do Brasil, com sua competência, simpatia e seu som esmagador.